Tem difuculdade e/ou dor na penetração durante o ato sexual? Saiba que:

 

Não é normal sentir dor ou dificuldade na penetração vaginal!

Devido à escassez de informação sobre as disfunções sexuais femininas e à sexualidade feminina ser um tema tabu na sociedade, muitas mulheres não se sentem à vontade para falarem e questionarem sobre a sexualidade e possíveis disfunções. Por isso, muitas mulheres têm uma vida sexual insatisfatória durante anos, sem saberem que existem tratamentos específicos para as disfunções sexuais femininas.

Uma das causas mais comuns da dor e/ou dificuldade durante o ato sexual é o vaginismo, no entanto existem outras causas como por exemplo a redução da lubrificação vaginal, a presença de uma cicatriz de cesariana, entre outras. É importante ser avaliada por um profissional de saúde especializado (ex.: fisioterapeuta pélvica, ginecologista) para despistar a causa da disfunção e ter um tratamento adequado.

 

 

Vaginismo

O vaginismo é uma disfunção sexual feminina que se carateriza pela contração involuntária dos músculos do pavimento pélvico (músculos que envolvem a vagina), provocando desconforto, dor intensa ou mesmo impossibilidade de penetração vaginal parcial ou total. O desconforto/dor, sentido durante a tentativa de penetração vaginal, pode ser extremamente doloroso o que irá  dificultar ou impedir a continuidade do ato sexual penetrativo. A dor sentida no vaginismo é real e a mulher não tem qualquer controlo sobre o reflexo de contração do pavimento pélvico, mesmo que esteja muito excitada e lubrificada. 

É uma situação que, além do desconforto/dor, provoca muita ansiedade e stress nas mulheres, as quais muitas vezes não se sentem “mulheres completas e  plenas”. A longo prazo, a dinâmica do casal altera-se e muitas mulheres têm receio de iniciar relações afetivas por não conseguirem ter relações sexuais penetrativas. 

É de salientar que o vaginismo além de afetar a saúde emocional da mulher também afeta a saúde física, pois impossibilita a realização de exames físicos tal como a ecografia endovaginal ou a utilização do espéculo.

 

Imagem de autor desconhecido.

 

Como se manifesta

O vaginismo é muito frequente, independentemente da idade e pode surgir em mulheres que anteriormente tiveram uma vida sexual saudável. A contração dos músculos do pavimento pélvico pode ocorrer no exame ginecológico com o espéculo, ou quando a mulher tenta inserir algum objeto na cavidade vaginal (ex.: tampão), e no ato sexual com pénis e/ou brinquedos sexuais. 

A gravidade dos sintomas é variável de mulher para mulher, pois nalguns casos a penetração é possível, mas extremamente dolorosa, noutros casos, a musculatura fica muito tensa impossibilitando a penetração. Independentemente da situação, a sensação de ardência, queimadura, desconforto ou dor é real.

 

Causas

Causas físicas:

- aumento do tónus dos músculos pélvicos; 

- endometriose; 

- infeções; 

- atrofia vaginal; 

- lesões da mucosa vaginal; 

- pós-parto.

 

Causas psicológicas:

- traumas emocionais 

- medo da dor; 

- alteração da consciência corporal;

- baixa autoestima; 

- educação muito restritiva;

- depressão.

 

 

Tratamento

Não será necessário colocar a sua vida sexual em “stand-by” durante o tratamento,  pois uma vida sexual saudável não se foca só no ato sexual penetrativo, mas sim  em toda a dinâmica afetiva entre si e o(a) parceiro(a). 

É fundamental procurar ajuda especializada, pois o tratamento do vaginismo deverá ser realizado de acordo com a(s) sua(s) causa(s) e o profissional poderá  indicar estratégias a serem desenvolvidas de forma a manter uma vida sexual  ativa. 

Os dilatadores vaginais são dispositivos utilizados no tratamento do vaginismo e existem técnicas específicas para cada caso. Por isso é recomendado que o uso dos dilatadores seja realizado sob orientação de profissionais especializados (fisioterapeuta pélvico, ginecologista). 

 

Benefícios dos dilatadores vaginais:

- melhorar a consciência da musculatura do períneo; 

- diminuir a tensão muscular do períneo;

- aumentar a flexibilidade do tecido vaginal;

- facilitar a realização de exames ginecológicos endovaginais; 

- entre outros. 

 

Precauções à utilização dos dilatadores vaginais:

- não deve sentir dor; 

- consulte um profissional especializado (fisioterapeuta pélvico ou ginecologista) antes de utilizar os dilatadores; 

- não use o dilatador se suspeitar de infeção vaginal; 

- após cirurgia pélvica, utilize o dilatador vaginal conforme indicação médica; 

- realize a higienização do dilatador vaginal conforme as orientações do fabricante. 

  

Cuide de si, da sua Saúde Pélvica e do seu Prazer! 

 

Claúdia Costa
Fisioterapeuta - Fisioterapia pélvica e integrativa.

Email: info@fisioterapiaintegrativa.pt 
Site: www.fisioterapiaintegrativa.pt  

 

Produtos relacionados com este artigo, clique e descubra:

Dilatadores vaginais;

Bioglide: lubrificante medicinal e natural à base de água;

Iroha Mikazuki: Sua forma esguia e crescente é ideal para auxiliar no tratamento de vaginismo.

Balas Vibratórias: auxiliam no relaxamento da musculatura do pavimento pélvico.

Descubra mais da nossa linha de produtos destinada à saúde pélvica: Saúde íntima Hi Pleasure.

  

Outros artigos da Fisioterapeuta Cláudia Costa:

Pompoarismo: Saúde Íntima e Prazer 

  

Dúvidas? Entre em contacto connosco pelo e-mail contacto@hipleasure.pt ou pelo instagram @hipleasure.pt, será um prazer ajudar!